Temos um percentual elevadíssimo de pessoas, das quais, não tiveram ainda a oportunidade de desfrutar do Poder restaurador, vivificante, eficaz, transformador da Palavra de Deus, os quais não foram sequer evangelizados, sendo este número aproximadamente de dois bilhões e trezentos milhões de seres humanos, número este, que representa cerca de dois terços da raça humana.
E DISSE-LHES:
Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura (Marcos 16:15).
Este quadro torna-se extremamente alarmante quando, de fato, nos deparamos diante do crescimento assombroso dos processos evolutivos das mentes conturbadas, distorcidas e entorpecidas no seu próprio entendimento, que traçam simplesmente concepções e conclusões irracionais diante do progresso antagônico que o presente século nos apresenta, em vista dos verdadeiros propósitos do Eterno para com o homem. Temos, nos dias atuais, armar e subsídios necessários para realizarmos um evangelismo em massa, e muito distinto, se compararmos, da realidade de dois mil anos atrás. No entanto, o "Ide", que é imperativo e não opcional, se torna tão distante da realidade vivida e apregoada em muitos corações. Este é o nosso chamado como corpo de Cristo, é a nossa responsabilidade premente: “Ir e pregar o evangelho”. Isto representa uma paixão desenfreada pelos perdidos, preocupação autêntica, genuína para com as pessoas as quais ainda não foram alcançadas pelo evangelho restaurador, significa sofrimento contido na alma do salvo pelos que perecem, é uma dor profunda e real quando se ouve qualquer notícia que de certa forma traga uma relação direta o indireta a situação caótica da humanidade. Devemos estar conscientes da responsabilidade que temos de mudar esta situação, este quadro. Paulo dizia que o Evangelho é o “Poder de Deus” para salvar a todo o que crê, que esta palavra é fiel e verdadeira; que “é útil para instruir, repreender a todo o homem de Deus”. O modernismo se esquece de que as coisas essenciais da vida, jamais mudam, são imutáveis e se constituem na sua essência da Grandeza e Soberania do nosso Eterno Deus. Não se pode substituir as doutrinas fundamentais da Palavra de Deus por hipóteses científicas, o socialismo ateu e materialista pelo socialismo cristão. Temos de ter uma visão expansiva do Reino, um amor incondicional aos perdidos e uma disposição de agir sob a responsabilidade e ótica a qual nos foi outorgada pela Palavra. Fazer missões é algo imperativo para o povo de Deus. O "Ide" é uma ordem do próprio Senhor Jesus.
“Confiança nas promessas de Deus e amor incondicional às almas perdidas”, eis os dois característicos relevantes de todo aquele que tem um caráter cristão. A intercessão é uma das formas mais elevadas de oração, porque trata com uma das coisas mais preciosas que existem no universo: “Almas”. A cada dia, a igreja cristã, tem enfrentando, não obstante, um grande desafio espiritual: O desafio do Islamismo, Budismo e Hinduísmo, que tem se espalhado com uma velocidade assustadora nos quatro continentes da terra. George Otis Jr. escreveu: "Enquanto a igreja avança para novos rumos... multidões ainda esperam no vale da decisão; a questão é quem vai alcançá-los primeiro”. Diante de tantos inimigos que se opõem ao evangelho, as igrejas, não obstantes, tem enfrentado a diversidade no combate de rivais comprometidos com os princípios do ativismo. Não podemos ignorar nossa responsabilidade para com esta geração de pessoas que carecem da misericórdia, da Graça de Deus. Devemos entrar, abraçar esta causa, entendermos o nosso papel e posicionamento nesta batalha. Temos uma evidência contundente de como a oração do crente é eficaz, efetiva, conclusiva, quando feita dentro da Vontade de Deus. A oração é uma arma poderosa, que tem feito toda diferença no destino das pessoas e das nações. Precisamos e devemos pagar este preço. E.M. Bounds declara que "oração é a linguagem de um homem carregado com um sentido de necessidade... Não orar não é apenas declarar que nada é necessário, mas admitir a não realização dessa necessidade". Andrew Murray disse: "O intenso desejo de Deus de abençoar parece que de alguma maneira está limitado a Sua dependência em intercessão como a mais elevada expressão da disposição de Seu povo em receber e submeter-se totalmente ao exercício de Seu poder”. R.A. Torrey escreveu: "... Tem havido reavivamento sem muita pregação, mas nunca houve avivamento sem oração poderosa".
Necessitamos que Deus intervenha e mova as nações da JANELA 10/40. Felizmente, é para esses momentos que Ele prometeu, através do profeta Joel, "derramar Seu Espírito sobre toda carne". Joel 2:28. Quando pagamos um preço através da renuncia, busca, santificação, oração, podemos estar seguros de que Jesus estenderá Seu Reino através de nossa intercessão aos perdidos. Ele nos prometeu: "Pede-me e te darei as nações por herança e os fins da terra por tua possessão". Sl.2:8.
Chamamos essa região de Janela 10/40, porque está localizada entre os paralelos 10/40 do globo terrestre, um espaço comparado a uma janela retangular, que se estende desde o oeste da África até o leste da Ásia. Os países dessa região são considerados o “Cinturão da Resistência”, ou seja, um número expressivo de povos não alcançados pelo evangelho. Ao todo são 62 países localizados na Janela 10/40. Este sem dúvidas é o maior desafio missionário dos últimos tempos. É justamente nessa região onde acontece o maior número de guerras e tragédias no mundo. Lá também, está o maior índice de analfabetismo e mortalidade infantil. Ali está o berço do mundo, três religiões se evidenciam nesta região: O Budismo, Islamismo e Hinduísmo são as três religiões que mais tem crescido nesses países. Essas religiões têm matado milhares de pessoas e adeptos, anualmente, por causa das facções existentes entre eles mesmos e da perseguição causada contra os cristãos residentes nessas áreas de risco. Ali ter a liberdade de expressão e adorar ao Deus verdadeiro é quase uma blasfêmia contra as ideologias pregadas pelos líderes dessas religiões.
Diante desta caótica realidade, compete a nós como igreja, erguermo-nos e dispormo-nos, de fato, para esta grande batalha, a qual está diante dos nossos olhos. O tempo urge... Temos como igreja, a incumbência de mostrarmos a possibilidades reais a raça humana, do Poder que há na restauração do relacionamento do homem para com Deus através da Sua Palavra e do conhecimento pessoal adquirido através de Cristo Jesus. Precisamos, contudo, entendermos como se encontra o homem e como podemos nos posicionar, estando atentos, fazendo um trabalho de adoção daqueles que ainda se encontram como órfãos espirituais, daqueles que precisam conhecer de fato, a essência do verdadeiro e profundo amor de Deus revelado na pessoa de Jesus Cristo.
João Knox, assim rogava a Deus: “Dá-me a Escócia ou eu morro”.
Whitefied, implorava: “Se não queres dar-me almas, retira a minha”.
Henrique Martyn, ajoelhado na praia da índia, onde fora como missionário, dizia: “Aqui quero ser inteiramente gasto por Deus”.
João Mc-Kenzie, ajoelhado à beira de Lossie, chamava: Ó Senhor, manda-me para o lugar mais escuro da terra”.
Praying Hyde, missionário na Índia, suplicava: “Pai, dá-me almas ou eu morro”.
Quando aqueles que assistiam à morte de David Stoner, pensavam que seu espírito já tivesse ido, ele levantou-se, na cama, e clamou: “Ó Senhor, salva pecadores! Salva-os às dezenas, salva-os às centenas e salva-os aos milhares”, e findou a sua obra na terra.
Brainerd podia dizer de si: “Não me importava o lugar em que tivesse de morrer, nem por qual espécie de sofrimento tivesse de passar, contanto que podesse ganhar almas para Cristo.
O supremo exemplo, porém, encontramos em Jesus Cristo, que se fez homem e habitou entre nós. Veio salvar e buscar o que estava perdido, atendendo ao desejo do Pai.
É templo de clamor! Desperta Igreja! É hora de sairmos desta letargia que tem aprisionado nossa alma, nosso entendimento... Sairmos deste comodismo espiritual desenfreado que se ratifica nas mentes e corações abstraídos da presença e dos Propósitos de Deus. Pergunto-vos: O que de fato traduzem os nossos atos, nossos pensamentos e conceitos a respeito do nosso chamado? Já nos acostumamos tanto a viver, a pregar, verbalizar, escrever, ou mesmo a ler sobre estas necessidades prementes, que hoje, quando olhamos para nós mesmos, podemos ver estampados em nós, a figura alusiva da falsa piedade, que se caracteriza por ser esta, destituída do verdadeiro amor de Cristo, da paixão comprovada pelos perdidos nos atos deliberados dia a dia. Nada mais vivemos, do que de fato, uma religiosidade barata, fugaz e em última analise infernal em complexidade. Entendamos: Geração com argumentos não vence principados, no argumento não encontramos êxito e armas necessárias para vencermos os embates da vida, os inimigos do evangelho, alcançar os perdidos, os desalentados, os desmotivados, os sem esperanças, os descaídos, os desprovidos da redenção e, por conseguinte da eternidade com Cristo... Mas na real capacitação que vem com a Unção derramada pelo Espírito Santo de Deus sobre a vida dos salvos, da igreja, temos então a garantia do sucesso absoluto desta grande colheita, a qual denominamos: “almas”, que é comissionada a igreja, a nós mediante o imperativo: “IDE”…
É chegado o tempo do fim… Necessitamos mais e mais do verdadeiro amor, paixão desenfreada pelas almas que perecem, compaixão profunda, misericórdia vivida… Por tantos... Por milhares de milhares…
Dá-nos almas Senhor! Eis-nos aqui... Que seja este o nosso clamor!
Pr. Eduardo Itaborahy